Depois de algumas tertúlias
cibernéticas, finalmente, decidimos um encontro. Conversamos num local publico
para que a provocação, contida, seja maior. Somos dois adultos com conversa adulta dissimulada entre
sorrisos. Vou dizendo o que desejo fazer e leio-lhe no olhar a aceitação. Peço, no entanto, que me diga o
quanto deseja, o quanto é reciproca esta vontade, o quanto quer acrescentar ou retirar. Diz-me que não
quer ouvir mais, quer que aconteça! Sem desviar o seu olhar do meu, diz-me - Quero estar ao seu dispor, quero ser o seu servo! - Estas palavras ardem-me na libido e no meu ventre.
O olhar mexe comigo. Meigo, terno, doce. A cordialidade do seu vocabulário. O cuidado ao falar comigo. Algo pueril e ingénuo me seduz. Uma miscelânea de sensações faz me recordar os peluches da infância.
Com apenas essas palavras, e o rubor nas
faces de ambos, o momento é decidido ali. A confiança e empatia
tomam proporções diferentes de tudo o que foi sentido ate ao momento. A
amizade não é só e apenas amizade! Tornou-se desejo!
De repente estamos a escolher um espaço, o nosso espaço. Saímos como se nada mais houvesse a dizer. A viagem é
silenciosa. Os olhares cruzam-se diversas vezes. As mentes viajam e devem-se encontrar no mundo fantasioso que estivemos a discutir. A ânsia respira-se.
Reparo no quanto não consegue evitar olhar na minha saca de papelão. Controlo
mais que uma vez o impulso de o repreender. Afinal é a helénica
fantasia do momento de ambos: ele será submisso e eu, a dominadora!
Assim que a porta do quarto se fecha a
eloquência lasciva apodera-se de mim. As palavras ecoam na minha
mente e depressa as transmito na voz firme mas de baixo tom!
Desejo-o nu, frágil, como veio ao
mundo e, tal como já havia antecipado por palavras, sou eu que o dispo lentamente.
Os movimentos tornam-se de certa forma numa tortura sensual.
Peço... não, exijo que não se mova.
Tem aquele desconforto de alguém que se entrega ao desconhecido e, para atenuar, vou beijando sítios que me agradam. Depois de
experimentar os seus lábios uma primeira vez, só para meu bel prazer continuo... na parte de trás do pescoço, no ombro, um mamilo, na parte
interna do pulso...
Ouço-o soltar uns primeiros gemidos, o que desperta em mim uma segunda ordem -shhhhh! Aguenta é só o inicio.
Despido, coloco-me á sua frente para
que me veja tirar o cinto que trago vestido. Uma espécie de correia
prateada que lhe prendo no pescoço, como se de uma trela se
tratasse.
Como adoro a tez pálida, por onde
passeiam as minhas mãos. Confirmo, uma vez mais, a ânsia no seu
olhar agora quente. Entrego-lhe a ponta solta da trela e
digo: "Segura!"
Sinto-me maliciosamente criativa, lembro-me do cinto das calças dele - vai ser útil. Todos os meus
movimentos são seguros, mas lentos, e pergunta-me: para que quer o
cinto, sra?
Respondo - Se fores um mau menino, vais
senti-lo na pele!
Estas palavras fazem com que engula em
seco e sinto-me na obrigação de complementar a informação:
- "A dor será a ultima das sensações
que desejamos. Mas quero-te fazer a pele estalar e flamejar a tua libido".-
agora em forma de sussurro ao ouvido – "não esqueças, vais ser meu
e para isso apenas terás de obedecer. Dá-me a correia!"
Seguro numa mão a corrente e noutra o
cinto de couro dobrado. A sensação de poder é extremamente
afrodisíaca, tal como já a tinha imaginado e quero saborear bem
cada momento.
Ajoelha! - continuo com as minhas
ordens - Beija os meus tornozelos!

Sento-me na poltrona, puxando-o pela
corrente e digo: "olha-me de cada vez que me beijares . Vais subir cm
a cm pela minha perna e, por cada cm falhado, vou-te fazer sentir o cinto."
Esta sensação de controle, o olhar
perante mim, ajoelhado...aah ..como estou em êxtase.
Estou surpresa com o erotismo de todo o
cenário e o tesão do meu submisso, ao mesmo tempo,sinto a humidade que me invade o interior.
Repito mais uma vez: "Vou te fazer
meu, mas primeiro vais me dar prazer! Vais sentir o quanto te
desejo."
Quando chega às minhas coxas com
apenas 3 cm falhados que resultaram em 3 marcas ruborizadas no
traseiro empinado, peço que pare. Ele aninha-se sobre as próprias
pernas e espera o meu próximo comando. Abro, ligeiramente, as pernas e pergunto, com um
olhar que flameja nos olhos dele - "Queres lá chegar?" - Solta quase imediatamente uma
resposta – "nem imagina o quanto, senhora."
Puxo pela correia, de forma um pouco
abrupta, obrigo a sua boca vir ao encontro da minha. Não resisto
invadir-lhe a boca. Mordisco os lábios carnudos e domino a língua
dele num beijo intenso.
Encosto a minha testa com a dele, juntos recompomos a respiração. Coloco a outra perna no seu ombro empurrando-o de volta abaixo e exijo - recomeça e continua...
Curiosidade:
Afinal esta será apenas o inicio de uma das dez
fantasias femininas mais desejadas!
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