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Melgas invasoras!

Apesar de andar a colocar cortisona nas lesões, apesar das questões de quem repara no desconforto da borbulha gigante no meu braço, toda a origem valeu a pena. Há uma semana atrás. ..quando nos recordamos é hilariante!

Foi na segunda. Dia de trabalho para muita gente mas nós, decidimos tirar um dia de férias. Só nosso, mais ninguém sabe que vamos namorar! Logo de manha tratamos de uns afazeres que tínhamos planeado e almoçamos mais cedo algo leve e rápido. Queremos estar na estrada o mais cedo possível. O dia esta horrível. Uma tempestade que trouxe um vento perigoso para varias zonas do país. Mas nós somos os doidivanas de sempre. O mau tempo não nos demove. Quando me dizes para onde vamos, a paragem do costume surge-me imediatamente – o nosso local secreto. O primeiro beijo, os primeiros toques, a primeira noite…eternizados naquele local. 

Pelo caminho sugeres-me se eu quero fazer o que gosto – feirar. Adoro a confusão e a mescla de pessoas todas juntas num pequeno espaço, mas hoje?!? Mesmo sob chuva lá fomos. 

Como era de prever não compramos nada. As opções são poucas e oportunidades menos ainda. Decides que é melhor irmos a uma loja. O que me frustra um pouco, eu pensava que nós íamos…mas nem digo nada.

Mais uma vez, não era compras o que desejávamos...olhamos e tornamos a olhar e nada compramos. Vamos passear – dizes tu. Nova frustração me inunda o interior. Estou calada e tu perguntas se estou bem. Eu pensava que íamos ver o nosso sitio- respondo eu com olhar carente. Adoro quando dizes -" quando me olhas assim…"

Depois de meia volta na estrada dizes –“ já podias ter dito! “De repente acho que estás afogueado. Afinal estás com tanta vontade quanto eu, o que me contenta. Vamos nos saciar como se não o tivéssemos feito na noite anterior. 

Chegamos ao espaço agreste, verde e natural. Só la cabe o nosso carro estamos protegidos pelo arvoredo. Sais do carro e entras pela minha porta. Estás com aquele olhar que já me faz sentir devorada. Puxas as minhas meias calças com brusquidão. Empurro o banco para trás e sobes sobre mim para me beijar com intensidade. Encaixas-te no espaço reduzido entre o banco e o tablier e beijas-me as coxas enquanto me tiras as asas delta. Chegas ao meu centro e chupas e lambes como se fosses uma fera a saciar-se com a sua presa. Assim mesmo animalesco! Eu deliro, gemo e elevo-me para me oferecer mais. Subitamente solto um ai. Não vi o que foi mas algo me picou no joelho.

Continuamos o foco nos corpos e enfias um dedo e, logo de seguida, dois e dizes- "estas tão húmida!" Respondo a sussurrar- quero-te, deixa-me te saborear também!- Sais do carro, em pé, do lado da minha porta, e eu de joelhos, no meu banco, desaperto-te as calças. Desnudo o teu tesão para meu deleite. Lambo da base até ao cume e olho-te. “Safada”- dizes-me tu e eu abocanho. És meu naquele momento. Balanças a tua anca ao ritmo da minha boca. Estás entusiasmado mas pedes que pare.

Entras de novo no carro. Beijas a minha boca quente e as tuas mãos percorrem-me. Verificas o quanto fui indecente e retirei o soutien pelo caminho sem que percebesses. Sugas um mamilo enquanto apertas o outro. Eu gemo e depois de muito roçar em ti..o meu sexo quente, na tua firmeza latejante, entras lentamente e sussurras “shhhh, sente”.

Iniciamos a dança do vai e vem. Esta tão intenso. É daqueles momentos que não queremos que pare mas... solto mais um ai. Apanho uma melga gigante no meu braço e tu outra na minha coxa. Somos obrigados a proteger-nos fechando a porta e afugentando os insectos indesejados. 

Já me sinto segura…abro-me para ti como autêntica oferenda. Ainda estás rijo e penetras-me fundo. Agora grito de prazer. Enquanto me toco para ti e tu me apertas as mamas. Venho-me de forma extenuante enquanto colas a tua testa na minha e me dás com toda a força. 

Sorrio e digo-te – agora tu! Sai! Ficas surpreendido. Sentas do lado do condutor para me dares espaço. Eu saio do carro. Na frente, coloco as mãos sob o capo e chamo-te com toda a devassidão no meu olhar – Anda!

Tomas-me tua com toda a tua testosterona. Adoro-te sentir assim colado a mim. Gemo e grito a cada estocada profunda. Esta liberdade ao ar livre excita-me mais ainda as cordas vocais. Sem demoras atinges o clímax em mim. Sinto-me inundada, quente e desmaiamos no capo.
Subitamente. ..mais um ai. Sou mordida na perna e relembramos o quanto a minha pele não tolera estes intrusos. Vamos para o carro nos recompor e rimos. Ate as melgas me queriam comer mas o manjar foi nosso!

Imagens cedidas por x-art.com

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