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Fevereiro: Mês dos Gatos

Dia 17 de Fevereiro comemora-se o dia mundial do gato. Animal domesticado há cerca de cinco mil anos mas de temperamento independente, que tão genuinamente o caracteriza e que por esse mesmo motivo tanto cativa como causa desdém.

"Fevereiro é o mês dos gatos" - assim ouvi durante muitos anos mas nos dias de hoje já há quem fundamente que é Janeiro. Há sempre alguma decepção quando os conhecimentos que nos foram transferidos afinal não são tão exactos. Por outro lado há a consciência que a evolução existe.

A época do cio dos gatos inicia-se quando os dias se tornam mais longos. Ora "Janeiro fora, mais uma hora!" mas também é conhecido que as horas têm vindo a mudar e são necessários ajustes.

Sou apaixonada pela raça felina! A sua elegância, higiene e inclusive a sua independência são apenas algumas razões de tanta admiração pessoal. Coerentemente  convivo com uma linda siamesa. Com apenas 6 meses sentiu, pela primeira vez, o chamamento da maturidade, em finais de Janeiro. Por estes dias, o desespero voltou e  recomeçou a exibição da disponibilidade para ser "amada". Rebola no chão, oferece-se de barriga para cima, roça o seu pêlo nas paredes e empina a cauda a um simples som do seu nome. É assim que as gatas demonstram aos machos que estão prontas para acasalar.

Ao contemplar estes rituais felinos, surge um riso ao comparar mentalmente com algumas características femininas actuais e algumas danças. Erroneamente ou não deixamos os homens transtornados com alguns espectáculos e indumentárias como autênticos regalos.



Invadida pela empatia animal e banhada com os primeiros raios de sol sou invadida pela mesma ânsia de domínio. As leggings em conjunto com o salto alto dão-me a elegância do caminhar e ostento o rabo empinado. Sei que o provoco e demonstro assim a minha predisposição. Por estes dias comporto-me como gata assanhada. Desafio e inflamo-lhe a libido mas não invisto, quero ser atacada! Quero que me possua, que me dispa, que me use! Quero que me agarre, me puxe os cabelos e me sussurre ordinarices! Quero que me aprisione as mãos enquanto aperta e me suga as mamas. Quero que me vire, me dobre e faça estalar a sua mão na minha nádega empinada. Quero me sentir possuída e em êxtase me morda a nuca! Quero sentir o quanto me deseja, possuindo todos os centros de prazer! Quero me sentir extenuada até ronronar de plena satisfação! Até lá continuo a pavonear-me até que me tome como presente.

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