Os dias cresceram. Irrompem os primeiros raios de sol. Aquecem e esmorecem os dias gélidos e cinza de Inverno. Ressurge uma primavera antecipada. Consequentemente, tal como já fundamentado em muitos estudos sobre o impacto do sol no ser humano, advém a boa disposição. Assim surge a urgente apetência para sair, rir, dançar e contagiar quem me rodeia com alegria!
No entanto, confesso: não é só culpa do tempo pelo qual ando com o bom humor desperto. Até que a oportunidade ideal, para uma excelente noite boémia surja, tenho espairecido em navegações cibernéticas. Entrei recentemente em mais uma rede social que muito me entretém. Uma das razões pela qual me cativou, foi o convívio nas salas de chat. Reconheço, enquanto observadora das conversas dispersas, as alterações de disposição durante a semana: começam por segundas-feiras difíceis e sextas-feiras super agitadas. Ânimos mais efusivos pelo sol gerando empatia generalizada e ratificam assim os estudos divulgados sobre os benefícios da vitamina D.
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Não me recordo quando Leo (Leonardo) - marido de Dora - surgiu nestas tertúlias. Sei que, de vez em quando, surgia no chat e em poucas letras eu dava conta da masculinidade presente. Leo é menos efusivo, mais bruto, típico menino-rebelde. Foi ele mesmo que sugeriu uma reunião mais intimista noutra plataforma de comunicação. O que alimentou a minha expectativa de menino tímido.Opinião errónea que só se desvaneceu no primeiro encontro frente a frente.
Assim foi o começo de uma esplêndida amizade. Em poucos dias éramos companhia assídua uma da outra - eu e Dora. Fomentávamos esta relação com muita pândega. Eramos as primeiras no carro da montanha russa. A determinada altura passamos a seis foliões: eu e o mais que tudo, Dora e Leo e Alex e Xana. Seleccionamos uma elite da gargalhada: desde conversas libidinosas a provocações mutuas. Em pouco tempo era necessário tornar real toda esta diversão e confirmar a tesão existente.

Existem muitas definições para o conceito amizade e apesar de não estarem todas estabelecidas nesta altura, sem grande justificação já considerávamos Dora e Leo amigos. Paixão pelos seres, excelsa empatia sem segundas intenções. Que dure o tempo que for mas este é o nosso ideal de amizade a colorir! Apesar de nunca nos termos envolvido com ninguém num primeiro encontro, nem tal ter sido ponderado, a tesão era crescente e essa possibilidade começava a surgir na mente!
Foi Alex quem sugeriu algo mais que um café. Realmente com tanto picanço mútuo precisamos de mais do que o gole de um expresso. Surgiram as primeiras meras sugestões: jantar, local, clube e o desafio entre mim e Leo continua crescente. Se um diz "mata" o outro responde "esfola". Com Leo sinto-me a teenager rebelde, com Dora torno-me o reflexo da provocadora que ela é!


Havia muita hesitação na marcação do encontro, talvez pelo êxtase dos intervenientes. Deixamos que Alex e Xana (os menos efusivos) decidissem a data e o jantar. Assim dedicamos as nossas atenções ao serão com muitas desculpas a dar pela noite dentro - pelo menos era assim que eu imaginava. Leo deveria ser como o proverbio "cão que ladra não morde" e com esta ideia sentia-me à vontade para elevar a porfia.
Escolhemos um clube modesto mas com uma sensual festividade: noite da mascara! Ideal para fomentar o êxtase. Aliar alguma sensualidade ao momento, no caso de ainda haver duvidas da inexistência da mesma. Como a cupidez é em demasia a capa e máscara não chega para Leo e lança a porfia : Requisito da indumentária: sem cueca!
Continua.....
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