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Porfia da cueca - parte 3

Quero colar-me a Dora e confirmar toda a nossa harmonia feminina! Assim saio do café; de braço dado com ela, esqueço um pouco a postura e o vestido curto, mostrando um pouco mais do que desejo neste momento. Entretemo-nos na conversa continuando a confirmar o quanto nos apreciamos mutuamente. Entre trivialidades, a provocação solta-se e mostramos a lingerie e as curvas uma à outra em plena rua. Estamos em euforia e é assim que a manifestamos.

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Enquanto visto as leggings, chegamos ao restaurante. Lembro de comentar com o mais que tudo o quanto animada estou. Ainda a noite é uma criança e já assumo que valeu a pena!

Saímos do carro efusivos ainda. Reunimo-nos de novo no parque de estacionamento e sinto um olhar ferino de Léo. Neste exacto momento inicia-se a consumação da primeira promessa do menino rebelde -  Vou te roubar um beijo! - tantas vezes repetida nos últimos dias.

Intenso como tinha imaginado algumas vezes, decido ceder ao incentivo e confirmar se a porfia da cueca é real. Forço que se sente no meu lugar de pendura e desaperto o éclair das suas calças. Tentei movimentar-me de forma travessa e rápida. Assim, anulo alguma timidez no meu interior e consinto que o jogo continue.

Não consegui apreciar, mas sei que no mesmo instante Dora fez o mesmo que eu. Investiu e sentiu o falo do meu amante de vida, despido também de boxers. Surpreendentemente, mais tarde soube que inclusive não resistiu a saboreá-lo!
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Nestes breves instantes não sei onde estavam Alex e Xana mas assim que nos restabelecemos juntaram-se a nós para dar inicio ao jantar.

O lugar era muito agradável mas um pouco snobe. Manter a conversa animada mas controlada requeria algum exercício. Encaro apenas como mais um repto, de certa forma até me agrada. Este estimulo é alvo de muitas contradições no meio swinger: há quem não arrisque encontros fora de locais destinados a swing, por questões de pragmatismo ou gestão de emoções. Na nossa opinião estes encontros fazem muito mais sentido, aumentam a intensidade e cumplicidade entre todos.

Tinha uma missão instaurada na mente. Antes de me sentar á mesa precisava ir ao wc para cumprir o prometido. Dora fez-me companhia e a caminho confessei o motivo da minha urgência. Rimos e continuamos em plena cavaqueira. Apesar do estado de jubilo tento absorver visualmente detalhes do espaço e da menina - mulher alegre e doce. Não damos conta do tempo neste momento, mas muita coisa acontece. À saída do WC reencontro Leo e mais um beijo intenso trocamos, mesmo ali sem demoras. - Foda-se! Ele beija bem! - Penso enquanto tento me recompor. 

Gostava que a mesa não fosse tão grande e redonda. Dora e o meu amante sentam juntos do lado oposto a mim e Leo e Xana e Alex ficam no nosso meio. Enquanto pedimos o jantar, sorrateiramente coloco as minhas cuecas no bolso de Leo. Não supunha o quanto me daria tesão sempre que o observo passear com o fio de cetim da minha lingerie solto, sorrimos e assim a porfia eleva-se. Só falta um nível para completar.

A conversa mantém-se animada e espontânea. Dora consegue inclusive contagiar os serventes que perdem a seriedade e tentam conter gargalhadas. O vinho já gera consequências. Leo não perde uma única oportunidade para me provocar. Ora me sussurra, ora me coloca a mão por dentro do vestido até sentir o corpete. Assim extingue a imagem de menino rebelde mas tímido que tinha imaginado. A determinada altura cedemos e trocamos mesmo ali mais um ardente beijo. Julgo que coro um pouco e tendencialmente olho o meu marido que me sorri. 

Estamos a precisar mudar de espaço. Está calor e as conversas a subir o nível estimulante. Alex surpreende ao contrário de Leo; cada vez mais reservado e calado, completamente oposto ao cómico e libidinoso em teclas. Tornamos a mencionar para onde vamos e manifestam-se de novo as exaltações. Uma festa mítica e quente nos espera! 

Não largo Dora. Quero absorver toda a sua animação. Parecemos duas meninas em pleno primeiro dia de aulas. Somos muito bem recebidas por Flor; mulher elegante, de sorriso agradável e cabelo ondulado. Apresenta-nos o motivo da festa (tal como o já conhecíamos) e o espaço. O ritual inicial são as mascaras e as capas obrigatórias.  Agora já não tenho mais as leggings, mas ainda mantenho o vestido. Mesmo assim, sinto estar despida demais. Longe de imaginar que em horas mais altas até no varão dançaria sem sequer lembrar estas platitudes.

Entretanto, este é clube onde a cama é um espaço comum no lounge e perto da pista. Este conceito promove o publico a deixarem se envolver. Não sabemos se é o habitual mas estava muito escuro, o que fomentava o enigma. Mantemos o ambiente animado entre todos, apesar de sentir Alex e Xana um pouco mais retraídos. Desvalorizo, de forma egoísta estou focada na naturalidade de Dora e Leo.

Quase a terminar o primeiro copo instigo mais um pouco Leo. Relembro-o que falta a ultima parte do desafio. Não depende de nós neste momento! O meu mais que tudo ficou de despir a lingerie de Dora com os dentes. Subitamente agarra-me pelo pulso e vamos atrás de Dora e o meu marido.

Nada interessou mais. Nem festa, nem convidados, nem a musica nos distraiu. Envolvemo-nos mesmo ali, sem espera. Trocamos ali mesmo, tal como desde o inicio da noite. Foi intenso, foi publico, foi quente! Iniciaram os dois lado a lado de boca nos centros da nossa cupidez. Gememos inflamadas de desejo, até eu e Leo suarmos e extenuarmos na cama redonda a caminho da pista. O tempo parou naquele rodopio dos corpos em plena luxuria.

Como se apenas tivéssemos feito uma pausa e regressado ao bar para mais um copo, voltei acalorada, sem vestido mas com a cueca de renda vermelha. Sinto os pensamentos longe sem conseguir alcançar o raciocínio. Convivemos mais um pouco, apesar de agora Leo estar mais distante. Não sei porque mas acho melhor assim, sempre que nos aproximamos há uma espécie de íman na boca. Este rebelde incendeia-me, mas Dora também e não tive sequer hipótese de a degustar. Lamentavelmente a hora da despedida chegou quando finalmente estávamos em plena corte no maple da entrada.

Não queria que a noite acabasse! Ficamos mais um pouco até que as endorfinas parassem de surtir efeito.

Leia a versão completa:
http://volupialunar.blogspot.pt/2017/03/porfia-da-cueca-parte-1.html
http://volupialunar.blogspot.pt/2017/03/porfia-da-cueca-parte-2.html

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