"Estou em dívida contigo!" - É assim que me acorda, entre carícias e ternura. Não sei muito bem o que significa, até porque não gosto deste sentimento de cobranças entre nós.
Ao longo do dia apercebo-me o quanto está endiabrado. Provoca-me constantemente pelos diversos canais de comunicação. Está contagiado pela época em que a celebração da Pascoa não tinha um cariz tão pesado, pela morte de um mártir, mas sim, pelo culto da fertilização com a vinda da nova estação. Essa é aliás uma das justificações pelo qual a simbologia desta data é o coelho.
Entretanto, chegada a noite, senti-me punida. Durante todos os afazeres continua a inflamar-me sussurrando-me indecências e toques. Depois do jantar, sentamos a relaxar e surpreendentemente ficamos pela conversa. Mesmo depois de ter admitido que me fez trocar de calcinha na hora de almoço. Provoco e pergunto então como vai saldar a dívida que mencionou logo cedo. Pede para segurar as ânsias mas tem uma surpresa para mim em breve.
Mudamos o tema para aliviar a tesão suspensa, sem sinais de que será saciada. Mas, tudo serve para continuar a espicaçar-me a mente: "Páscoa advém do nome em hebraico Pessach (=passagem), festa judaica que comemora a passagem da escravatura no Egipto para a liberdade na Terra prometida" - Lê-me este trecho e diz que assim será a nossa comemoração. Sei o que está a fazer e devia conseguir controlar a minha inquietação.
A tortura manteve-se no dia seguinte até chegar o descanso de fim-de-semana. De forma algo formal, comunica-me que hoje não vamos sair mas depois de jantar vou-me produzir. Quer que me maquilhe e coloque o baby-doll rosa pastel. Deseja-me vislumbrar tal como Ostara (Eostre, deusa da fertilidade, amor e do renascimento) a celebrar a primavera.
Aceito a sugestão bastante apelativa. Aplico todo o meu capricho desde o banho até ao eyeliner e sombras em tom alegre e suave, inclusive coloco uma tiara floral adquirida numa feira medieval.
Assim que reapareço na sala, elogia-me e toma-me nos braços. Voltamos aos afectos e doçura daquela manhã. Todavia, sempre que manifesto o quanto quero mais, ele trava os meus movimentos. Pede-me que não seja gulosa. Preciso esperar. Veste-me o robe para que me aqueça um pouco, afinal ainda não está uma temperatura tão alta assim. A campainha toca. Sorri-me e diz: - "agora sim"!
Sou surpreendida por Filipe, acompanhado à sala pelo mais que tudo. Coro um pouco pela minha figura. Fiquei sem palavras, na expectativa de conhecer o motivo da visita. O meu marido aproxima-se, abraçando-me por trás e quase em murmúrio, ouço: "calma, não estejas nervosa." - Ambos sabemos que eu e Filipe fantasiávamos algumas aventuras juntos. Contudo, continuo muda.
"Então é assim, hoje vocês não são amigos!" - começa a introdução - "O Filipe está aqui para te dar prazer sob o meu comando. As tuas vontades e desejos serão verbalizados por mim, uma vez que a minha deusa tem dificuldade de o fazer. Mas eu conheço-te, eu sei o que desejas!" - Sorrio enquanto fixo o meu olhar no novo parceiro de aventuras e ouço estas palavras que me encharcam o ventre por antever o que se irá suceder.
"Vocês não se irão falar e beijar também não!" - fico incrédula com esta regra e viro o olhar na direcção do meu marido. Ele sabe que não aprecio estes entraves que anulam a naturalidade. - "Eu sei! Os beijos serão apenas meus!" - esta cumplicidade e telepatia é fonte da nossa união. Comunicamos apenas com o olhar. - "Queremos o teu aval e para isso o Lipe vai ajoelhar agora, beijar do teu tornozelo, subindo lentamente até à tua decisão."
Inspiro no primeiro beijo e tento manter o pensamento. Sou interrompida. É muito excitante todo este cenário: o meu marido a observar, sob o meu ombro, tudo o que passava lá em baixo e a minha expressão, até me arrebatar com um beijo ardente. Assim que Filipe toca na minha virilha, solto-me: Quero!
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Entretanto, chegada a noite, senti-me punida. Durante todos os afazeres continua a inflamar-me sussurrando-me indecências e toques. Depois do jantar, sentamos a relaxar e surpreendentemente ficamos pela conversa. Mesmo depois de ter admitido que me fez trocar de calcinha na hora de almoço. Provoco e pergunto então como vai saldar a dívida que mencionou logo cedo. Pede para segurar as ânsias mas tem uma surpresa para mim em breve.
Mudamos o tema para aliviar a tesão suspensa, sem sinais de que será saciada. Mas, tudo serve para continuar a espicaçar-me a mente: "Páscoa advém do nome em hebraico Pessach (=passagem), festa judaica que comemora a passagem da escravatura no Egipto para a liberdade na Terra prometida" - Lê-me este trecho e diz que assim será a nossa comemoração. Sei o que está a fazer e devia conseguir controlar a minha inquietação.
A tortura manteve-se no dia seguinte até chegar o descanso de fim-de-semana. De forma algo formal, comunica-me que hoje não vamos sair mas depois de jantar vou-me produzir. Quer que me maquilhe e coloque o baby-doll rosa pastel. Deseja-me vislumbrar tal como Ostara (Eostre, deusa da fertilidade, amor e do renascimento) a celebrar a primavera.
Aceito a sugestão bastante apelativa. Aplico todo o meu capricho desde o banho até ao eyeliner e sombras em tom alegre e suave, inclusive coloco uma tiara floral adquirida numa feira medieval.
Assim que reapareço na sala, elogia-me e toma-me nos braços. Voltamos aos afectos e doçura daquela manhã. Todavia, sempre que manifesto o quanto quero mais, ele trava os meus movimentos. Pede-me que não seja gulosa. Preciso esperar. Veste-me o robe para que me aqueça um pouco, afinal ainda não está uma temperatura tão alta assim. A campainha toca. Sorri-me e diz: - "agora sim"!
Sou surpreendida por Filipe, acompanhado à sala pelo mais que tudo. Coro um pouco pela minha figura. Fiquei sem palavras, na expectativa de conhecer o motivo da visita. O meu marido aproxima-se, abraçando-me por trás e quase em murmúrio, ouço: "calma, não estejas nervosa." - Ambos sabemos que eu e Filipe fantasiávamos algumas aventuras juntos. Contudo, continuo muda.
"Então é assim, hoje vocês não são amigos!" - começa a introdução - "O Filipe está aqui para te dar prazer sob o meu comando. As tuas vontades e desejos serão verbalizados por mim, uma vez que a minha deusa tem dificuldade de o fazer. Mas eu conheço-te, eu sei o que desejas!" - Sorrio enquanto fixo o meu olhar no novo parceiro de aventuras e ouço estas palavras que me encharcam o ventre por antever o que se irá suceder.
Inspiro no primeiro beijo e tento manter o pensamento. Sou interrompida. É muito excitante todo este cenário: o meu marido a observar, sob o meu ombro, tudo o que passava lá em baixo e a minha expressão, até me arrebatar com um beijo ardente. Assim que Filipe toca na minha virilha, solto-me: Quero!
toque na virilha e o mundo vira do avesso
ResponderEliminarAdoro o teu delicioso blog....HUMMMMM
ResponderEliminarSorvi e como sorvi as tuas ....palavras e sabes que maos adorei o nectar...o sabor .... :)))
Beijos VORAZES