Vivemos trôpegos nas rotinas de trabalho. Mentes dormentes, absortas pelas rotinas impostas pela responsabilidade laboral. Depois do pico de energia sentido com a chegada do Verão, eis-nos novamente letárgicos á espera de férias. A ânsia pelo dolce fare niente consome-me o ânimo nos últimos dias. Para a restituição da minha salubridade mental, sinto uma necessidade premente do tempo de vacuidade.
Nas poucas horas de lazer com a disposição frouxa, dedico-me a momentos calmos e passivos: leitura, reflexão, relaxe. Conduz-me a curiosidade da mente irrequieta em conjunto com o estado de alma e tropeço no "Elogio ao ócio" do matemático e filósofo Bertrand Russell (Nobel da Literatura). Surpreende-me ler quem estudou e fundamenta, em plenos anos 30, o quanto seria ideal o ser humano trabalhar só e apenas 4 horas diárias; o quanto o lazer é produtivo para a sociedade, fomentando pensadores, investigadores, artes e toda a melhoria de qualidade de vida. Quem pode e sabe usufruir do luxuoso tempo de ócio, desprendido de frivolidades, contribui não só para o seu bem estar, mas também da comunidade.
Perdida em reflexões, em anuência completa, com a interessante leitura, concluo: Chega! Não quero pensar em mais nada. Quero usufruir da manhã solarenga e contagiar alguém com a minha ociosidade.
Em movimentos lentos acaricio a pele do meu companheiro de vida, deitado ao meu lado, entretido num qualquer jogo ou leitura máscula. Estamos nus, somente o lençol ainda oculta parte das minhas formas. Depois de lhe arrepiar a pele, passeando, pelas costelas, as pontas das unhas, desço até às virilhas, onde continuo focada apenas no desenho abstracto na ponta dos dedos. Aprecio o falo caído e macio. Sorrimos cúmplices. Prevê as vontades esboçadas a cada toque lento, como se desejasse parar o tempo.
Assomada pelo instinto de sucção, decido abocanhar o pedaço de tentação e fazê-lo crescer lentamente na minha boca. Adivinho-o pousar o que lhe ocupava as mãos para que apanhe o meu cabelo delicadamente. Neste ínterim o seu corpo denuncia ligeiras vibrações. Encontro, um novo cerne de atenção: deixá-lo estremecer de tesão.
Quando os movimentos se tornam mais impulsivos, denuncia o querer não verbalizado. Estamos mudos durante todo este culto de prazer, o que promove as sensações dos outros sentidos. Ele olha-me e sente, eu saboreio-o e sinto-o. Nesta altura as suas mãos já vagueiam no meu corpo até alcançar a minha humidade, o meu laivo de tesão infligida.
Subo sob o seu colo e roço a minha lubricidade sobre o membro completamente enrijecido. A essência continua na lentidão dos movimentos, fazer com que a dança do corpo nos encaixe um no outro. Estou de costas para ele, para que me aprecie as curvas e todos os movimentos de entra e sai em pleno. Ouço-o chamar-me de provocadora e sapateia-me as bochechas empinadas. Assim, incita-me a elevar a oferenda.
Alterno a posição. Coloco-me de quatro bem no centro da cama, agora completamente desnudada. Olho-o atrás de mim e em tom de desafio, solto um - "Anda! Toma-me como queres!"
Possui-me ao mesmo ritmo, lento. Sinto cada centímetro quente entrar em mim. Em simultâneo continua a acariciar as minhas costas, de seguida as coxas e quando completamente penetrada, prende-me a anca com força. Ficamos assim por segundos, até deixar os corpos ritmar novamente. Sinto-me verter por cada estocada agora vigorosas e compassadas. Os dedos dele invadem-me o botão rosa. Toco-me como que para acalmar a ardência. Repito a provocação para que me submeta ás suas vontades.
Completamente dentro e sob mim sussurra-me - "Vou-te comer o rabinho! Estás a pedir." - Entro em delírio. Não alterna o ritmo. A lentidão é um querer aprisionado. Leva-me ao suplicio de prazer. Toco-me e rapidamente atinjo o clímax. Quase em simultâneo ele também, jorra em mim o éter da quintessência. No entanto, entra de novo em mim e tenta manter o ritmo brando e compassado. Surpreendentemente atinge ele o duplo clímax, manifestando os ímpetos mais animalescos num gutural gemido e mordida no meu pescoço.
Enquanto refrescávamos os corpos, solta a retórica : Não sei como, mas que raios fazes?
Momentos de lazer, fulgem pela disponibilidade em receber todas as sensações e emoções!
Para os curiosos sobre a leitura interessante : Bertrand Russel: o ócio e a falácia do trabalho
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Assomada pelo instinto de sucção, decido abocanhar o pedaço de tentação e fazê-lo crescer lentamente na minha boca. Adivinho-o pousar o que lhe ocupava as mãos para que apanhe o meu cabelo delicadamente. Neste ínterim o seu corpo denuncia ligeiras vibrações. Encontro, um novo cerne de atenção: deixá-lo estremecer de tesão.
Quando os movimentos se tornam mais impulsivos, denuncia o querer não verbalizado. Estamos mudos durante todo este culto de prazer, o que promove as sensações dos outros sentidos. Ele olha-me e sente, eu saboreio-o e sinto-o. Nesta altura as suas mãos já vagueiam no meu corpo até alcançar a minha humidade, o meu laivo de tesão infligida.
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Alterno a posição. Coloco-me de quatro bem no centro da cama, agora completamente desnudada. Olho-o atrás de mim e em tom de desafio, solto um - "Anda! Toma-me como queres!"
Possui-me ao mesmo ritmo, lento. Sinto cada centímetro quente entrar em mim. Em simultâneo continua a acariciar as minhas costas, de seguida as coxas e quando completamente penetrada, prende-me a anca com força. Ficamos assim por segundos, até deixar os corpos ritmar novamente. Sinto-me verter por cada estocada agora vigorosas e compassadas. Os dedos dele invadem-me o botão rosa. Toco-me como que para acalmar a ardência. Repito a provocação para que me submeta ás suas vontades.
Completamente dentro e sob mim sussurra-me - "Vou-te comer o rabinho! Estás a pedir." - Entro em delírio. Não alterna o ritmo. A lentidão é um querer aprisionado. Leva-me ao suplicio de prazer. Toco-me e rapidamente atinjo o clímax. Quase em simultâneo ele também, jorra em mim o éter da quintessência. No entanto, entra de novo em mim e tenta manter o ritmo brando e compassado. Surpreendentemente atinge ele o duplo clímax, manifestando os ímpetos mais animalescos num gutural gemido e mordida no meu pescoço.
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Enquanto refrescávamos os corpos, solta a retórica : Não sei como, mas que raios fazes?
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Para os curiosos sobre a leitura interessante : Bertrand Russel: o ócio e a falácia do trabalho
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